domingo, 17 de abril de 2011

A partir de agora são apenas lembranças (...)



quantas vezes você andava na rua e sentiu um perfume e lembrou de alguém que gosta muito ? quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto, e não se imaginou lá com alguém ? quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali ? alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado ? você deve ter visto que aquele filme , que vocês dois viram juntos no cinema , vai passar na TV e você gelou porque o bom daquele momento já passou ? e aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo ou alguém que você quer esquecer mas não consegue ? não teve aquele dia em que tudo deu errado , mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso ? e aquele dia em que tudo deu certo , exceto pelo final que estragou tudo ? você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa ? você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou ? para essas perguntas existem muitas respostas. . . mas o importante sobre elas não é a resposta em si , mas sim o sentimento! todos nós amamos , erramos ou julgamos mal , todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra , então qual a moral disso tudo ? nem tudo sai como planejamos portanto , uma coisa é certa. . . não continue pensando em suas fraquezas e erros , faça tudo que puder para ser feliz hoje! não deite com mágoas no coração. não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz! e comece com você mesmo. não acredite em algo simplesmente porque ouviu. não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o. durante uma vida a gente é capaz de sentir de tudo, são inúmeras as sensações que nos invadem, e delas a arte igualmente já se serviu com fartura. paixão, saudades, culpa, dor-de-cotovelo, remorso, excitação, otimismo, desejo – sabemos reconhecer cada uma destas alegrias e tristezas, não há muita novidade, já vivenciamos um pouco de cada coisa, e o que não foi vivenciado foi ao menos testemunhado através de filmes, novelas, letras de música. há um sentimento, no entanto, que não aparece muito, não protagoniza cenas de cinema nem vira versos com freqüência, e quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda. de humilhação que falo! há muitas maneiras de uma pessoa se sentir humilhada. a mais comum é aquela em que alguém nos menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca no nosso devido lugar - que lugar é este que não permite movimento, travessia ?. geralmente são opressões hierárquicas: patrão-empregado, professor-aluno, adulto-criança. respeitamos a hierarquia, mas não engolimos a soberba alheia, e este tipo de humilhação só não causa maior estrago porque sabemos que ele é fruto da arrogância, e os arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. humilham para não se sentirem humilhados! mas e quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o desconhecimento sobre nós mesmos ? tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. motivos nobres, mas os resultados são vexatórios. nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. estivemos apenas enfrentando o desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que julgávamos superadas, para sempre adormecidas, mas que de vez em quando acordam para, impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.

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